Métodos anticoncepcionais

Existem dois grandes grupos: os métodos hormonais, que são todos aqueles que contêm algum tipo de hormônio em seu mecanismo de ação (pílulas, injeções, anel vaginal, adesivo cutâneo, sistema intrauterino liberador de levonorgestrel) e os métodos não hormonais. Veja abaixo:

Baseia-se na administração de hormônios para impedir a fecundação por meio do bloqueio da ovulação, alterando o muco cervical e dificultando a subida dos espermatozoides. Atualmente esses hormônios podem ser administrados por diferentes vias.

As pílulas, ou anticoncepcionais hormonais orais, são utilizadas por milhões de mulheres em todo o mundo. São extremamente seguras e eficazes, desde que tomadas corretamente. Esse método pode apresentar risco para quem já passou dos 35 anos, especialmente as fumantes. Algumas de suas vantagens são regular o fluxo menstrual, diminuir as cólicas e a TPM. O ginecologista deve realizar sua introdução no dia a dia da paciente, já que existem algumas contraindicações ao uso de hormônio e eventualmente podem surgir efeitos colaterais.

Injetável mensal: a injeção contraceptiva é composta de dois hormônios: estrogênio e progesterona. Deve ser aplicada uma vez por mês pelo médico ou em farmácias. Pode ser utilizada como alternativa para pacientes que esquecem de ingerir a pílula diariamente.

Injetável trimestral: como o nome diz, esse método, composto de progesterona, pode ser usado a cada três meses, algo vantajoso para várias mulheres. Entretanto, muitas pacientes após algum tempo de uso do método apresentam aumento significativo de peso, além de alterações no padrão menstrual.

Trata-se de adesivo cutâneo que contém estrogênio e progesterona e pode ser trocado semanalmente pela paciente. Esse método é interessante para quem costuma esquecer de tomar a pílula ou tem náuseas com a medicação oral.

Um fino anel elástico é colocado pela própria paciente dentro de sua vagina e permanece lá por três semanas, sem que ela ou seu parceiro percebam sua presença. Depois desse período, deve ser retirado e, uma semana depois, um novo anel é colocado.

• Implanon: trata-se de um fino tubo de plástico, introduzido debaixo da pele do braço através de incisões mínimas. Ele libera pequenas quantidades de progesterona e oferece proteção contra a gravidez durante o período de três anos. Muitas pacientes apresentam diminuição da quantidade e duração da menstruação, podendo até interromper totalmente o fluxo menstrual após algum tempo de uso.

O planejamento familiar natural é baseado na sincronia do ciclo menstrual da mulher. Pode ser eficiente se adotado corretamente pelo casal, que deve interromper as atividades sexuais durante o período fértil ou próximo à ovulação.

É importante que o médico explique detalhadamente como utilizar a tabelinha para diminuir o risco de falhas. Pacientes com ciclos menstruais irregulares não são boas candidatas para essa alternativa.

São dois tipos de métodos para a proteção contra as infecções sexualmente transmissíveis (ISTs):

• Camisinha masculina: envoltório feito de látex, com o qual o homem recobre o pênis durante a atividade sexual. É o método mais eficiente para prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Deve ser colocado no início da prática do sexo, antes da primeira penetração.

• Camisinha feminina: envoltório de plástico fino que se alinha internamente na vagina. Ela se mantém no local por um anel interno fechado junto ao colo do útero durante a relação sexual.

Os outros métodos de barreira são o diafragma e capuz cervical, mas não atuam na proteção contra ISTs.

DIU medicado (Mirena e Kyleena): trata-se de dispositivo inserido na cavidade endometrial, que libera um hormônio (progestagênio) de forma contínua. Em muitas mulheres é capaz de causar amenorreia (interrupção das menstruações) ou diminuição do fluxo menstrual, além de reduzir a incidência de cólicas. Tem durabilidade de 5 anos e pode ser introduzido no consultório médico. Para a maioria das mulheres, é um procedimento um pouco doloroso. Clique aqui e saiba mais sobre DIU.

A contracepção de emergência ou pílula do dia seguinte deve ser utilizada apenas em casos excepcionais de imprevisto. É eficaz se adotada dentro das primeiras 72 horas subsequentes à relação sexual desprotegida. Sua eficiência é maior quanto mais precoce for realizada.

A esterilização impede que a gravidez aconteça por meio de uma cirurgia executada no homem ou na mulher. O procedimento de esterilização na mulher é chamado laqueadura de trompas. Já no homem, é conhecido como vasectomia (Clique aqui para saber mais sobre Vasectomia). Ambos são seguros e eficazes como métodos contraceptivos.

Algumas mulheres decidem fazer a laqueadura logo após o parto, porém, essa decisão deve ser refletida pelo casal. Métodos alternativos devem ser discutidos com o ginecologista. Nesse cenário, é necessário tomar a decisão antes do parto e registrar firma em cartório. O procedimento em si é simples e atualmente já pode ser revertido — as taxas de sucesso giram em torno de 60 a 70%.

Outras pacientes preferem esperar algum tempo depois do parto. Nesses casos, a laqueadura pode ser feita por laparoscopia.

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