São aqueles exames que todas as gestantes devem realizar durante sua gestação. Existem poucas diferenças entre os recomendados em cada país. Conheça os que não podem ficar de fora da rotina da mulher durante a gravidez.
Essa é a primeira ultrassonografia da gestação e é muito importante. Por meio dela conseguimos não só confirmar a gravidez, como também a sua localização — infelizmente, algumas ocorrem fora do útero e são denominadas de ectópicas.
Confirmamos ainda a idade gestacional, que pode ou não coincidir com a data baseada na última menstruação. Diagnosticamos precocemente as gestações múltiplas e sua corionicidade (número de placentas). Por fim, avaliamos o desenvolvimento embrionário e identificamos a gravidez que não evoluiu — é o chamado abortamento.
O exame é realizado através do abdômen da mãe, mas na Célula Mater complementamos pela via transvaginal. Seu principal objetivo é o rastreamento de síndromes cromossômicas, sendo a mais frequente delas a síndrome de Down.
Isso é feito por meio da pesquisa de marcadores ultrassonográficos. O mais importante é a translucência nucal (que pode indicar o acúmulo excessivo de líquido na nuca do feto). Associando com marcadores bioquímicos encontrados no sangue materno, chegamos a uma taxa de detecção de 95%.
Nesse exame também analisamos um bom número de alterações estruturais do feto, ou seja, em sua anatomia. Atualmente, ainda no primeiro trimestre, fazemos o rastreamento da pré-eclâmpsia (pressão alta na gestação) por meio do estudo do fluxo nas artérias uterinas, relacionando a média da pressão arterial, aferida duas vezes em cada braço, com os marcadores bioquímicos citados acima.
Seu principal foco é averiguar a anatomia fetal, já que nesta fase é possível diagnosticar de 80% a 90% das malformações — vale lembrar que algumas anomalias só podem ser detectadas no terceiro trimestre da gravidez. Durante o exame é feita também a medida do comprimento do colo uterino para identificar as pacientes com maior risco de parto prematuro. Quanto maior a medida do colo, menor o risco.
Por último, o profissional faz a chamada dopplervelocimetria das artérias uterinas, ou seja, a medida do fluxo de sangue pelos vasos que irrigam o útero e a placenta — o especialista também realiza essa pesquisa no primeiro trimestre. O objetivo é continuar rastreando as pacientes com maior risco de desenvolver a pré-eclâmpsia (pressão alta na gravidez) ou crescimento intrauterino restrito.
Exames em que podemos ver o bebê de forma mais real, de maneira estática ou dinâmica. Dependendo da posição fetal é realizada a captura de imagem em alta resolução de estruturas fetais (baby face) ou nas avaliações ginecológicas para fins específicos.
Exames invasivos onde podemos ter acesso a células fetais localizadas na placenta e no líquido amniótico e com isso estudar o bebê. Realizados quando há indicação de investigação complementar, principalmente para a avaliação genética e na suspeita de infecções congênitas do feto.
Exame de ultrassom não invasivo que é realizado pelo abdômen da gestante e tem o objetivo de realizar uma avaliação detalhada da estrutura anatômica e funcional do coração fetal , além de avaliar como o ritmo cardíaco. O período recomendado para realização do ecocardiograma fetal gestacional é 18 a 33 semanas, entretanto o período ideal é de 24 -32 semanas. Nos casos que a avaliação é realizada com idade inferior a 24 semanas , recomenda-se reavaliação com 28-29 semanas. O ecocardiograma fetal possibilita o diagnóstico de aproximadamente 90% das cardiopatias congênitas.