Sinais de atenção

A gestação é um momento encantador e inesquecível, mas também repleto de desafios. Com tantas mudanças acontecendo simultaneamente no corpo da mulher, é possível que muitas gestantes enfrentem, também, problemas de saúde. Por isso, a importância do pré-natal para preservar mamãe e bebê.

A gravidez é um momento delicado da vida de qualquer mulher. Além do intrincado momento emocional, é notório o esforço físico que a gestação impõe. As modificações do corpo da gestante irão ocorrer e serão importantes para prepará-la para o parto.

Mas, para aquelas com problemas de saúde prévios, pode haver uma sobrecarga em uma situação delicada. Já para outras pacientes, intercorrências da própria gravidez poderão preocupar. Para todas as situações que sobrepujam mais risco que o habitual de uma gestação, damos o nome de gravidez de risco.

A equipe da Célula Mater é experiente no manejo de situações delicadas. Visando sempre o melhor resultado tanto para a mãe como para o bebê, o pré-natal, parto e puerpério serão realizados de maneira individualizada a fim de garantir o melhor cuidado possível.

As trompas são essenciais para a gravidez. Elas são responsáveis por levar o óvulo dos ovários para o encontro dos espermatozoides, a formação do embrião e sua implantação na cavidade uterina. Doenças inflamatórias pélvicas, como endometriose ou infecções, podem provocar algum dano a sua estrutura. Isso prejudica a dinâmica daquela migração de maneira completa, obstruindo as trompas. Daí a paciente evolui com infertilidade. Além disso, quando sua função é parcialmente prejudicada, a gravidez poderá se implantar na própria trompa.

Com estrutura não preparada para uma gestação, caso ela vá adiante, poderá ocorrer uma rotura da trompa, causando hemorragia. O tratamento para casos mais graves é a cirurgia para correção ou retirada das trompas. Quando não há rotura, podemos fazer tratamento expectante ou lançar uso de medicações.

Alterações na função da glândula tireoidiana são frequentes na população. E ainda mais frequentes frente à sobrecarga que a gravidez impõe. Em pacientes que já apresentem o problema antes de engravidar, controlá-lo é imprescindível para o sucesso gestacional. Mesmo para aquelas sem alterações prévias à gravidez, realizar uma pesquisa durante o pré-natal é obrigatório. O tratamento adequado pode diminuir a frequência de abortamentos, pré-eclâmpsia e prematuridade.

Controlar a função da tireoide nesse período é essencial. Isso porque até a vigésima semana de gravidez o bebê utiliza o hormônio materno, que ultrapassa a placenta, para estimular o crescimento de seu sistema nervoso e regular seu metabolismo.

A gestação pode se associar ao aumento de náuseas. A progesterona, hormônio responsável por acalmar o útero e permitir o crescimento do bebê até o final da gravidez, pode lentificar todo o trânsito gastrointestinal da mulher, causando náuseas, sensação de empachamento e constipação. Entretanto, algumas pacientes evoluem com formas graves de transtornos gástricos – com vômitos que pouco respondem aos tratamentos habituais – podendo levar a desidratação ou mesmo desnutrição.

Esses casos são raros, porém muitas vezes exigem internação e tratamento especializado. As causas para esse transtorno passam por susceptibilidade genética, alterações no receptor ou concentração da progesterona.

O aumento nos níveis de pressão arterial pode ocorrer durante a gravidez por diversos motivos. Algumas mulheres já apresentam essa doença antes mesmo da gestação, outras só desenvolvem o quadro no terceiro trimestre. Ele é chamado de pré-eclâmpsia.

Pacientes que apresentam pressão arterial aumentada durante a gravidez, ou antes dela, devem procurar acompanhamento pré-natal com médico habituado ao acompanhamento de gestação de alto risco para o tratamento mais otimizado e menor risco de complicações.

A insulina é a responsável pelo controle da concentração de açúcar no sangue, a glicose. Alguns hormônios produzidos durante a gravidez pioram sua ação, permitindo uma maior passagem de glicose pela placenta para o bebê. Entretanto, em algumas mulheres o nível da substância se eleva de forma exagerada. Tal situação ganha o nome de diabetes gestacional. Por ser uma doença que praticamente não apresenta sintomas para a mãe, mas que pode ser letal para o feto, ela deve ser pesquisada em todos os pré-natais. Em outras mulheres, a alteração glicêmica pode ser prévia à gestação, mais frequentemente o diabetes tipo 1 ou o diabetes tipo 2.

Controlar a quantidade de açúcar no sangue dessas pacientes é essencial para diminuir as complicações da gravidez. Crescimento fetal exagerado, líquido amniótico aumentado, prematuridade, níveis baixos de açúcar no sangue do recém-nascido, bebê com icterícia e desconforto respiratório são complicações possíveis quando essas mães não foram tratadas. A investigação e o tratamento do diabetes durante a gravidez são essenciais para evitar complicações tanto durante a gestação como na vida futura dos pequenos.

Trombofilias é um termo genérico para definir condições que aumentam a atividade do sistema que promove a coagulação do sangue. Dessa forma, esse nome não significa uma doença em específico e, sim, diversas condições. A gravidade do acometimento das complicações das trombofilias depende do problema e do seu impacto no sistema de coagulação.

Manifestações dessas doenças podem aparecer durante a gravidez, na forma de abortos de repetição, alguma forma precoce e grave de hipertensão, restrição de crescimento fetal, insuficiência da função placentária ou como eventos clínicos — tromboses, por exemplo. O tratamento é individualizado a depender da enfermidade e dos antecedentes da paciente com bons resultados.

A placenta inserida sobre o colo do útero ou muita próxima a ele durante o terceiro trimestre, associando-se a maiores complicações gravídicas. É o que se chama de placenta prévia. Em pacientes em que ela assume essa posição, com a modificação do colo uterino devido às contrações, podem ocorrer sangramentos, às vezes com repercussões catastróficas. Realizar um pré-natal cuidadoso e planejar o parto podem ser cruciais.

Vale lembrar que em uma parte considerável das pacientes, antes de 28 semanas, a placenta se encontra nessa localização – e que a enorme maioria delas irá migrar e evoluir normalmente.

Ao vermos o resultado do Beta HCG positivo, é impossível não idealizarmos o nascimento do bebê. Ninguém, nesse momento geralmente de enorme alegria, pensa que as coisas podem não ir bem. Mas, infelizmente, nem sempre a natureza concorda em seguir o caminho sonhado.

O aborto é a complicação mais frequente da gravidez. Estima-se que ele ocorra em 20% das gestações até a 14ª semana e em 1% até a 20ª. Sua causa mais provável é a presença de alterações cromossômicas no embrião. Algum erro no processo de divisão do DNA de um dos pais, ocorrido de maneira esporádica – ou seja, não necessariamente se repetiria em uma futura gestação. A equipe da Célula Mater está preparada para ajudá-la a passar por esse delicado momento e investigar suas causas.

Desenvolvido por: Contagio Comunicação