Tumores urológicos

Na maioria das vezes, os tumores urológicos apresentam poucas manifestações. Uma parcela importante dos pacientes recebe o diagnóstico por meio de exames de rotina, como a ultrassonografia.

Dessa forma, é fundamental a visita anual ao urologista, no caso dos homens, e ao ginecologista, para as mulheres, a fim de manter o check-up em dia.

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do de pele não-melanoma. Aproximadamente 70% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos.

Na fase inicial da doença, não há sintomas. Quando eles se apresentam, são semelhantes ao crescimento benigno da próstata — dificuldade de urinar, jato urinário fraco e levantar-se à noite para fazer xixi.

O diagnóstico precoce permite que o tratamento seja rapidamente instituído, garantindo índices altos de cura da doença. Para isso, é fundamental que o paciente procure o urologista, anualmente, a partir de 45 anos.

O tratamento dependerá do estádio da doença, idade do homem, tipo histológico do tumor e irá variar entre observação vigilante, cirurgia minimamente invasiva como o HIFU, radioterapia, cirurgia aberta, laparoscópica e robótica.

A incidência desse câncer aumenta a partir de 60 anos de idade. Como fatores predisponentes, podemos citar o tabagismo, fator de risco mais significante, as radiações ionizantes como os raios-x, infecções urinárias de repetição ou presença de cateteres no trato urinário, uso de algumas substâncias, como aminas aromáticas, ciclamato, sacarina, corantes, ciclofosfamidas, entre outros.

O principal sinal do câncer de bexiga é a hematúria (presença de sangue na urina), associada ou não à dor. O diagnóstico é feito por exames como ultrassonografia dos rins e bexiga, uretrocistoscopia e testes adicionais. O tratamento irá depender do estágio da doença, desde somente uma ressecção via uretral de pequenas lesões até necessidade de retirada total da bexiga.

O câncer de rim geralmente acomete indivíduos entre os 50 e 70 anos de idade, sendo duas vezes mais frequente nos homens que nas mulheres. Alguns fatores de risco conhecidos para o tumor de rim são: tabagismo, obesidade, hipertensão, história familiar da doença, doença de Von Hippel-Lindau e diálise.

A pessoa com esse tumor normalmente tem seu diagnóstico realizado no momento de uma ultrassonografia de rotina. Somente em torno de 10% dos pacientes irá apresentar a tríade clássica de dor no flanco, sangue na urina e massa abdominal palpável.

O diagnóstico definitivo da doença é feito por meio da ultrassonografia e exames complementares para estadiamento do problema. O tratamento dependerá do estágio do câncer no momento da identificação, presença de obesidade, tipo histológico do tumor e estado clínico do paciente.

O tumor de testículo acomete homens em idade reprodutiva (entre 15 e 40 anos), por isso preocupa muito ao urologista. O diagnóstico é feito pela presença de nódulo palpável e indolor no testículo e pode ser confundido com inflamação testicular e epidídimo.

O risco de desenvolver esse tipo de tumor aumenta em homens com histórico familiar, lesões e traumas na bolsa escrotal, criptorquia (não descida de um dos dois testículos), além de trabalhadores expostos a agrotóxicos. A detecção precoce é a estratégia para encontrar o câncer no primeiro estágio e possibilitar a cura. O tratamento inicial é sempre cirúrgico e as medidas adjuvantes irão depender do estágio da doença.

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