Agosto é um mês especial dedicado à conscientização sobre a amamentação. A cor dourada representa o padrão ouro do leite materno, e durante este mês, várias ações são promovidas para enfatizar a sua importância.
A World Alliance for Breastfeeding Action (WABA) está coordenando a campanha deste ano, que se concentra na conexão entre a amamentação e o ambiente de trabalho. O objetivo desta iniciativa internacional é destacar a influência da licença-maternidade, do apoio às mães no local de trabalho e das novas regulamentações parentais na prática da amamentação.
Neste contexto, o ponto alto do debate é a licença-maternidade. No Brasil, o tempo previsto em lei são 4 meses, enquanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno pelos primeiros 6 meses de vida da criança.
A Enfermeira Obstetra e Consultora Internacional de Lactação pela IBCLC, Cinthia Calsinski, questiona: “Como é possível incentivar a amamentação com essa discrepância entre a diretriz da OMS e a legislação trabalhista brasileira?” conclui a especialista.
A amamentação é mais do que uma fonte de nutrição; é um vínculo entre mãe e filho(a) que oferece inúmeros benefícios para a saúde.
É recomendado que seja a única fonte de alimento do bebê até os seis meses de idade, e a promoção de políticas de apoio no local de trabalho é vital para alcançar esse objetivo.
A licença-maternidade oferece às mães a oportunidade de se recuperarem fisicamente do parto, enquanto se concentram na tarefa vital de amamentar. A ausência ou dificuldade dessa licença pode criar barreiras para a amamentação exclusiva, afetando negativamente tanto a saúde da mãe quanto do bebê.
Portanto, políticas atuantes de licença-maternidade são fundamentais para garantir que os benefícios da amamentação sejam plenamente realizados.
A transição de volta ao trabalho enquanto se continua a amamentar pode ser complexa, mas com algumas estratégias bem pensadas, é possível. Abaixo, algumas orientações para ajudar nesse processo:
Coleta de Leite: Estabeleça uma programação de coleta e mantenha constância ao longo dos dias. É a constância que irá ajustar a produção de leite e trará bons resultados para alcançar um estoque de leite suficiente para o bebê.
Armazenamento do Leite: Após a ordenha identifique o frasco de leite com data e hora, armazene-o na parte interna da geladeira ou no freezer, evitando a porta, que apresenta mais variações de temperatura. Se estiver em um ambiente comunitário, como no seu trabalho, veja se existe local designado para armazenar o leite materno. De acordo com a norma brasileira, o leite materno pode ser mantido na geladeira por até 12 horas e no congelador por até 15 dias.
Preparação Adicional: Mantenha um estoque de leite extra como precaução para os dias em que a coleta pode não ser possível. Importante ressaltar que quando a coleta não é possível, alguns cuidados com as mamas são necessários para evitar possíveis problemas.
Retornar ao trabalho é um momento emocionalmente complexo para muitas mães que desejam continuar a nutrir seus filhos através da amamentação. A transição pode ser cheia de obstáculos, desde encontrar um local privado para amamentar até equilibrar as demandas do trabalho e da maternidade.
É aqui que as orientações da consultora de amamentação da Célula Mater fazem toda a diferença.
Com consultoria de amamentação, as mães podem:
Se você está enfrentando dificuldades com a amamentação após o retorno ao trabalho, nós estamos aqui para ajudar.
Agende uma consulta com uma consultora de amamentação da Célula Mater
O Agosto Dourado não é apenas uma celebração, mas uma convocação para apoiar e conscientizar a sociedade, rede de apoio das nutrizes e as próprias mães que enfrentam o desafio do retorno ao trabalho. A amamentação é mais do que uma escolha alimentar; é uma jornada emocional e física que merece compreensão, apoio e orientação especializada.
Quando a rede de apoio é forte e solidária, a experiência de amamentar pode ser mais tranquila e prazerosa para a mãe, fortalecendo o vínculo com o bebê e contribuindo para a saúde e o desenvolvimento da criança a curto e longo prazo.
A colaboração de todos, desde empregadores até familiares, é essencial para criar um ambiente favorável ao aleitamento materno na vida profissional após a licença-maternidade.
Enf. Obstetra Roseli Monteiro – São 37 anos de dedicação à enfermagem obstétrica, profissão escolhida para unir a paixão por cuidar das pessoas e o carinho por gestantes e bebês. Há 26 anos integra a equipe da Célula Mater, com dedicação à proposta de medicina humanizada da clínica.
Para Roseli, trabalhar na área de saúde apresenta um novo desafio a cada dia, que encara com muita vontade de superar e oferecer o melhor.
Enf. Obstetra Aline Alvares – Desde o primeiro momento em que teve contato com a obstetrícia, ainda na faculdade de enfermagem, Aline se apaixonou pela área de assistência ao parto. Desde lá, são dez anos de experiência auxiliando mães nesse momento tão especial de suas vidas.
Para Aline, os maiores motivadores da enfermagem são a superação de desafios e os novos aprendizados, que foram ampliados na Célula Mater, onde trabalha ao lado de profissionais de excelência.