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Candidíase: uma visita indesejada e sempre à espreita

Quem nunca teve, levante as mãos para os céus e para as bactérias boas de sua privilegiada flora vaginal. São elas que mantêm o equilíbrio lá na dita cuja e não deixam com que o fungo da cândida se prolifere para além da conta, provocando os sintomas clássicos: coceira, ardência, corrimento esbranquiçado e com grumos. 

“Quando estou de plantão, a candidíase é de longe o principal motivo por que as mulheres me procuram”,

Juliana Ribeiro, ginecologista da Célula Mater

Mas embora extremamente comuns – 75% das mulheres terão ao menos um episódio de candidíase – esses sinais por si só podem ser bastante confusos. Uma pesquisa publicada em 2002 testou 95 mulheres que compraram antifúngicos na farmácia – e apenas um terço delas tinha de fato o tal bichinho desagradável.

A confusão surge porque outros problemas na região genital também podem ocasionar coceira ou ardência. E a secreção esbranquiçada nem sempre aparece – por vezes o fungo vai dar as caras no exame de papanicolau, sem mesmo apresentar qualquer sintoma. A dermatite, que acontece principalmente depois da menopausa, é uma das chatices que provocam sinais parecidos aos da candidíase. O herpes genital, no início do surto, também pode se assimilar à candidíase, assim como outras infecções sexualmente transmissíveis. Vaginose e infecção urinária são outros exemplos. “Para diferenciar a ardência da infecção urinária e da candidíase, é preciso ficar atenta se ela acontece quando a urina passa pelo canal vaginal ou se é quando a pele da vulva entra em contato com o xixi”, ensina dra. Juliana. Na candidíase, a mucosa fica irritada, e por isso arde na presença da urina. 

Se for a primeira vez que isso acontece, é bom dar uma checada numa consulta presencial. Ali o médico irá examinar a região e a secreção e, se achar necessário, colher uma amostra para enviar ao laboratório e ter certeza do que está causando o desconforto. Mas não raro o próprio médico irá receitar (muitas vezes pelo telefone mesmo) uma pomada, pílula ou óvulo vaginal para conter a irritação. Afinal, o resultado da cultura do fungo pode demorar uma semana – haja paciência.

Caso o problema persista depois do uso do remédio ou se for recorrente – acima de 4 episódios por ano – é mesmo hora de investigar melhor. Existem muitos tipos de cândida e nem todos reagem aos medicamentos de praxe. E a cândida pode estar levando a culpa injustamente. Nas gestantes, a candidíase pode ser responsável por desencadear ruptura da bolsa e parto prematuro. E se tiver alguma outra infecção concomitante, a candidíase pode dificultar o tratamento. 


Algumas dicas para evitar a visita desagradável da cândida: 

  1. Evite açúcar e carboidratos simples, 
  2. Probióticos podem ajudar a regular a sua microbiota vaginal
  3. Evite ficar de roupas suadas ou molhadas por muito tempo
  4. Prefira sempre calcinhas de algodão
  5. Evite o uso de protetor diário
  6. Caso esteja na menopausa, a reposição hormonal pode auxiliar a reorganizar a flora.

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