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Intolerâncias alimentares e fertilidade 

Não é modismo ou mimimi: as intolerâncias alimentares parecem ter chegado para ficar, e são um fator de atenção importante no planejamento da sua fertilidade.

Se você tem a impressão de que os vilões do momento são o glúten e a lactose, que acabam levando a culpa por tudo quanto é desconforto ou problema de saúde, você está certa. Para os mais céticos, pode parecer apenas questão de modismo ou até frescura, mas não é bem assim. “Com o aumento do consumo de alimentos ultraprocessados e de baixa qualidade nutricional, tem-se observado sim um crescimento significativo nos casos de intolerâncias alimentares”, explica Renata Pimentel Mendes, Ginecologista, Obstetra e especialista em Reprodução Assistida da Célula Mater. 

A Dra Renata é ela mesma testemunha. Portadora da doença celíaca, uma condição em que a intolerância ao glúten vem acompanhada de uma reação autoimune a essa molécula, Renata levou um grande susto quando decidiu engravidar, e não conseguia. Veja a história dela aqui.

E se sintomas persistentes como diarreia, gases, distensão, fadiga ou constipação são os mais comuns para quem tem algum grau de intolerância a esses nutrientes, poucos se dão conta que os processos inflamatórios causados pela exposição excessiva a eles acabam se tornando uma bola de neve que pode sim afetar a fertilidade, o equilíbrio hormonal, o desenvolvimento fetal e até mesmo o desfecho da gestação. Mas, com diagnóstico precoce, adaptações nutricionais e acompanhamento multiprofissional, é totalmente possível ter uma gravidez saudável.

Diagnóstico e cuidados

O diagnóstico das intolerâncias exige uma investigação clínica cuidadosa, especialmente quando há sintomas intestinais importantes e histórico de infertilidade. Existem diversos tipos de exames — desde testes de tolerância até análises moleculares — que podem ajudar a identificar essas condições, embora ainda haja discussões sobre a melhor forma de realizá-los.

Para mulheres que planejam engravidar, é ideal realizar essa investigação na consulta pré-concepcional, principalmente se já houver sintomas sugestivos. Durante a gestação, especialmente no primeiro trimestre, pode ser necessário adotar uma dieta mais restritiva, acompanhada por um profissional, para evitar deficiências nutricionais e proteger o desenvolvimento do bebê.

Conheça alguns dos fatores que aumentam os riscos tanto antes quanto durante a gestação e fique atenta:

1. Deficiências Nutricionais Críticas

Intolerâncias podem causar diarreia crônica e má absorção intestinal, reduzindo a absorção de ferro, cálcio, ácido fólico e vitamina B12 — todos essenciais na gravidez. Isso pode levar a:

  • Anemia, baixo peso fetal, risco de parto prematuro.
  • Déficits de cálcio e vitamina D, afetando a formação óssea do bebê e aumentando o risco de pré-eclâmpsia.

2. Inflamação Crônica e Disbiose

Sensibilidades alimentares alteram a microbiota intestinal, aumentam a permeabilidade intestinal e podem promover inflamação. Isso eleva a produção de citocinas (como TNF-α e IL-6), associadas a:

  • Comprometimento da ovulação e implantação do embrião.
  • Risco aumentado de pré-eclâmpsia e diabetes gestacional.

3. Agravamento dos Sintomas Gastrointestinais na Gravidez

Durante a gestação, o intestino já sofre alterações hormonais e físicas. Intolerâncias mal manejadas podem piorar sintomas como:

  • Náuseas, vômitos, inchaço, gases, constipação.
  • Desconforto que pode comprometer a ingestão nutricional e a qualidade de vida.

Se você apresenta sintomas persistentes como diarreia, gases, distensão, fadiga ou deficiências nutricionais, procure avaliação especializada antes de engravidar. O cuidado começa muito antes do teste positivo.

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