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Ginecologia
O HPV e o câncer de colo de útero

O câncer de colo de útero é o terceiro câncer mais comum entre as mulheres no Brasil, ficando atrás apenas do câncer de mama e do câncer colorretal. Este tipo de câncer surge a partir da multiplicação exagerada de células do colo uterino e está relacionado, na grande maioria dos casos, à infecção genital pelo papilomavírus humano, o HPV. 

O HPV, ou papilomavírus humano, é o vírus responsável pelo desenvolvimento de 99% dos casos de câncer de colo uterino e o contágio acontece principalmente por meio de relações sexuais sem uso de preservativo.

Câncer de colo de útero – Sintomas

O câncer de colo uterino, quando inicial, costuma ser assintomático.

Quando a doença já está um pouco mais desenvolvida, alguns sintomas podem aparecer, como por exemplo: sangramento após as relações sexuais ou secreção vaginal aumentada, em geral, malcheirosa e que pode estar associada ou não a sangramento.

Em estágios avançados, além dos sintomas acima, podem aparecer também: 

  • dor na região pélvica, 
  • alterações urinárias ou intestinais, 
  • mal-estar, 
  • fraqueza e 
  • perda de peso.

Estes sintomas são pouco específicos e podem ser confundidos com os de outras doenças, por isso, ao apresentar qualquer um desses sintomas, é importante uma avaliação cuidadosa pelo ginecologista para se chegar ao diagnóstico correto.

Câncer de colo de útero – Fatores de risco

Os outros fatores de risco conhecidos são: baixa imunidade, infecções genitais associadas e tabagismo.

Estima-se que até 80% dos adultos sexualmente ativos terão infecção pelo HPV até os 50 anos, mas apenas uma pequena proporção dessas pessoas desenvolverá neoplasia.

Existem mais de 200 tipos de HPV, sendo que pelo menos 40 infectam os humanos. Desses, alguns estão mais comumente associados ao aparecimento de câncer, são os chamados HPVs de alto risco oncogênico. Outros HPVs associam-se mais com o aparecimento de verrugas genitais, são os chamados HPVs de baixo risco oncogênico.

Para que surja verruga genital ou câncer relacionado ao HPV é preciso que a infecção pelo vírus seja persistente. O contato com o vírus, por si só, não é suficiente para o desenvolvimento dessas lesões.

HPV – Como prevenir

É possível prevenir a infecção pelo HPV com uso de preservativo em todas as relações sexuais e por meio das vacinas.

O uso de preservativo durante as relações sexuais ajuda a diminuir a transmissão do HPV, no entanto, esta medida, por si só, não é suficiente, uma vez que o vírus pode ser transmitido pelo contato pele a pele antes de o preservativo ser colocado e pelo contato com a pele não recoberta pelo preservativo.

Ainda não existe tratamento específico para a infecção por HPV, no entanto, na maioria das vezes, a infecção pelo papilomavírus humano é controlada pelo sistema imunológico e o vírus tende a desaparecer em até 2 anos.

O HPV e as vacinas

As vacinas, por sua vez, geram imunidade contra os principais tipos de HPV. No Brasil existem 2 vacinas disponíveis: a tetravalente, que confere imunidade contra os HPVs 6, 11, 16 e 18 e a bivalente – imunidade contra os HPVs 16 e 18.

A tetravalente está liberada pela Anvisa para mulheres entre 9 a 45 anos e para homens entre 9 e 26 anos. Esta vacina está disponível no SUS para meninos e meninas de 9 a 14 anos e para pessoas de 9 a 26 anos que vivem com HIV, transplantadas ou em tratamento de câncer.

A vacina é considerada segura pois já foi aplicada em milhares de pessoas no mundo e nenhum estudo mostrou efeito colateral grave relacionado ao seu uso. Os efeitos colaterais mais comuns são: dor, inchaço e vermelhidão no local de aplicação e em alguns casos podem aparecer febre, dor de cabeça e náuseas de intensidade leve a moderada.

A aplicação destas vacinas está contra-indicada para gestantes, pessoas com febre ou alguma doença aguda e pessoas com alergia a algum componente da vacina.

Conheça o Dr. Fernando Nobrega

O Dr. Fernando sempre teve afinidade com o universo da saúde. Filho de funcionários de hospitais, cresceu com acesso a livros e informações médicas. Por gostar da área e de grandes desafios, escolheu a medicina.

Cursou medicina na USP e lá se especializou em ginecologia e obstetrícia e em seguida em oncologia ginecológica. Hoje é especialista em cirurgia laparoscópica e cirurgia robótica e dedica a maior parte do seu tempo para tratar doenças como endometriose, mioma e câncer ginecológico.

Confira o video do Dr. Fernando Nobrega aqui

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