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Maternidade na hora certa

12 perguntas sobre preservação da fertilidade

Seja por condições financeiras e profissionais, seja pela constituição da estrutura familiar ou até mesmo pela estrutura emocional, adiar a maternidade para um momento em que a mulher se sinta pronta tem se tornado uma questão comum. No entanto, o relógio biológico não espera. Felizmente, nas últimas décadas a medicina evoluiu enormemente no sentido de apoiar a mulher em suas decisões. Para poder se planejar com tempo e segurança, a informação é a melhor ferramenta.

A seguir, algumas das perguntas mais frequentes para quem pensa em congelamento de óvulos.

  1. Será que quando eu quiser engravidar vou conseguir?

Essa é a grande questão que deve nortear o planejamento da sua fertilidade. Quanto antes você começar a se fazer essa pergunta e buscar respostas para ela, maiores as chances de não ser pega de surpresa lá na frente, quando bater a vontade de ser mãe. Para algumas mulheres, essa pergunta pode ser incômoda. No entanto, lembre-se: informação e planejamento são essenciais para tomar decisões importantes que permitirão um certo controle sobre sua fertilidade. 

A capacidade de engravidar pode variar de pessoa para pessoa e é influenciada por diversos fatores, incluindo idade, saúde reprodutiva e condições médicas. Preservar a fertilidade através do congelamento de óvulos pode aumentar suas chances de engravidar no futuro, mas ainda assim não é uma garantia absoluta. É sempre recomendável discutir suas opções com um médico especializado em fertilidade.

2. Com quantos anos eu deveria começar a me preocupar com a minha fertilidade?

A resposta simples para essa pergunta é: o quanto antes. Os óvulos de uma mulher mais jovem  são mais saudáveis e têm melhores chances de fertilizar do que os de uma mulher na casa dos 40. 

Você já deve ter ouvido falar que aos 35 anos a fertilidade da mulher inicia um processo de declínio. De fato, com essa idade, em média, as taxas de gravidez naturais começam a cair. É como se o piloto do avião iniciasse o procedimento de descida, embora o avião ainda esteja aparentemente voando alto. Portanto, se você chegou aos 35 anos e não tem perspectivas de ser mãe, mas não tem certeza de que quer abrir mão dessa possibilidade, esse é o momento de conversar seriamente com seu médico para iniciar uma avaliação. Lembrando sempre que o congelamento de óvulos não é garantia de gravidez no futuro.

3. Sou jovem. Isso quer dizer que tenho muitos óvulos?

A idade pode ser um fator importante na quantidade e na qualidade dos óvulos. Geralmente, mulheres mais jovens e com ciclos regulares tendem a possuir uma reserva ovariana maior, o que significa que elas têm mais óvulos em comparação com mulheres mais velhas. No entanto, a qualidade dos óvulos também é importante, e essa qualidade pode diminuir com a idade.

Além disso, existem diversos fatores que interferem na reserva de óvulos, como por exemplo a síndrome dos ovários policísticos, a endometriose, doenças autoimunes e cirurgias ovarianas prévias, entre outros. A idade em que a mãe entrou na menopausa e fatores genéticos também afetam a quantidade de óvulos disponíveis. Por isso a importância de se avaliar a saúde da mulher como um todo antes de tomar decisões em relação ao planejamento da fertilidade. 

4. Como saber se tenho uma boa reserva ovariana?

Os principais exames que medem a quantidade de óvulos presente nos ovários são o ultrassom transvaginal e o exame do hormônio anti-mulleriano. A ultrassonografia transvaginal é um exame de imagem que permite que os médicos visualizem os ovários e os folículos antrais (pequenos sacos cheios de líquido que “contém” óvulos imaturos). Um maior número de folículos antrais geralmente está associado a uma reserva ovariana maior.

O Hormônio Anti-Mülleriano (AMH) é um exame de sangue que mede os níveis do hormônio anti-Mülleriano, produzido pelos folículos ovarianos. Níveis mais altos geralmente indicam uma reserva ovariana maior, enquanto níveis mais baixos podem indicar uma reserva reduzida. 

Além desses dois, ainda é possível medir a reserva ovariana fazendo um teste de estimulação ovariana, que envolve a administração de hormônios para estimular os ovários e avaliar a resposta ovariana. Uma resposta robusta sugere uma boa reserva ovariana.

Os médicos podem também avaliar outros marcadores hormonais, como os níveis de hormônio folículo-estimulante (FSH) e estradiol, para obter uma visão mais abrangente da saúde reprodutiva.

5. Quantidade é documento?

A quantidade de óvulos pode ser um indicador importante da saúde reprodutiva, mas a qualidade dos óvulos também é fundamental. Uma reserva ovariana abundante não garante necessariamente a fertilidade se os óvulos não forem de boa qualidade. É por isso que uma avaliação completa da saúde reprodutiva, incluindo fatores como idade, histórico médico e resultados de testes de fertilidade, é essencial.

6. Como saber se meus óvulos são de boa qualidade?

A exposição ao tempo e aos fatores ambientais agride as células do nosso corpo e com os óvulos não é diferente.  Fatores como nutrição, peso corporal, tabagismo, consumo de álcool, atividade física e exposição a toxinas influenciam na qualidade dos óvulos. Alguns medicamentos e tratamentos médicos, como quimioterapia e radioterapia para o câncer, também podem afetar a qualidade dos óvulos. É importante discutir com seu médico os possíveis efeitos colaterais dos tratamentos médicos em sua fertilidade e explorar opções de preservação da fertilidade, quando apropriado.

7. Se eu estiver com a reserva ovariana muito baixa, ainda há o que fazer?

Sabe-se que boa parte dos problemas relacionados à fertilidade guardam alguma relação com a resposta do sistema imunológico. Pensando nisso, existem duas abordagens terapêuticas que têm demonstrado resultados positivos em alguns casos. São técnicas ainda consideradas experimentais – embora já tenham sido estudadas e não apresentem riscos consideráveis, ainda são recentes e não passaram por pesquisas com amostragens suficientes para que se tornem parte de uma abordagem mais amplamente utilizada. Por esse motivo, são medidas de exceção.

A primeira delas é o plasma rico em plaquetas, conhecido pela sigla PRP. Trata-se de um produto obtido a partir do sangue da própria paciente, que é então preparado para que tenha uma concentração elevada de plaquetas. O PRP, que já é mais utilizado para recuperação muscular, de tendões e ligamentos, demonstra estimular uma regeneração do tecido onde é colocado. Em algumas mulheres com a reserva ovariana muito comprometida, injetar o PRP diretamente nos ovários pode ser uma tentativa válida de melhorar um pouco os resultados.

Outra medida é a utilização de corticoides. Por diminuírem o processo inflamatório, eles tornam o ambiente mais adequado para que os óvulos amadureçam. Como são usados por um período curto, não costumam ter efeitos colaterais. 

8. Existe uma idade limite para fazer o congelamento dos óvulos?

Nao existe uma idade limite para captação de ovulos para uso próprio. Entretanto, é importante conversar com seu médico para entender que com o passar do tempo a qualidade dos óvulos cai, o que impacta diretamente na chance de gravidez. Usualmente, a depender da idade e da reserva ovariana, a paciente recebe dados de qual a sua chance de engravidar seguindo com o tratamento. 

Principalmente após os 40 anos,  é importante levar em consideração essas estimativas para não alimentar esperanças sem base científica, já que o processo de congelamento, embora relativamente simples, tem um custo elevado. 

9. O processo de congelamento de óvulos vai me fazer engordar?

O processo de congelamento de óvulos em si não deve causar ganho de peso. No entanto, algumas pessoas podem experimentar mudanças hormonais durante a estimulação ovariana, que é parte do procedimento de coleta de óvulos. Essas mudanças hormonais podem levar a sintomas como inchaço abdominal temporário, mas não necessariamente ao ganho de peso. Todos os sintomas costumam desaparecer logo depois da primeira menstruação após o tratamento.

10. Como funciona a doação de óvulos?

Nos bancos de óvulos, é possível escolher uma doadora com características físicas com as quais o casal se identifique. A maioria dos bancos faz também uma pesquisa genética de doenças recessivas – são genes que podem levar a alterações futuras caso o parceiro também tenha uma alteração similar. Por isso, caso a doadora tenha alguma chance de passar um gene alterado para frente, é recomendável que o parceiro faça a pesquisa genética. 

11. Quanto custa congelar óvulos?

O custo do congelamento de óvulos envolve, além das consultas médicas, os exames de fertilidade, medicamentos, o procedimento de coleta de óvulos, anestesia, equipe de apoio e taxas de armazenamento. O custo também varia de acordo com a escolha do profissional médico que irá fazê-lo. Caso queira saber mais detalhes e formas de pagamento, entre em contato conosco.

12. Por que fazer o processo de congelamento de óvulos na Célula Mater?

A experiência e qualidade de toda a equipe envolvida é o primeiro fator que se deve levar em consideração na hora de escolher onde fazer o congelamento, já que o acompanhamento deve ser individualizado e bastante próximo. A administração da medicação e métodos não são uma receita de bolo, e envolvem riscos se não forem feitos com o cuidado devido. 

Além da expertise de nosso corpo clínico, a Célula Mater conta com uma estrutura completa para se realizar todo o processo – laboratório próprio, centro cirúrgico, armazenamento, e uma enfermeira dedicada especialmente para o acompanhamento e suporte técnico. Isso traz conforto, praticidade e sobretudo confiabilidade para as mulheres. 


Quer saber mais sobre gravidez após os 40 anos?

Acesse o nosso canal do Youtube, onde a Dra. Lucila Pires Evangelista fala sobre os riscos e possibilidades para a mulher que quer se tornar mãe nessa idade.


Quer saber mais sobre Reprodução Assistida?

Assista aqui ao vídeo em que o Dr. Rodrigo Codarin explica o beabá dos métodos para auxiliar casais que não conseguem engravidar naturalmente.

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