Quando bem diagnosticada e com o devido acompanhamento médico, a diabete gestacional não representa perigo para a mãe e nem para o bebê.
Os sintomas da diabetes gestacional são sutis. Parecem sinais normais da gravidez. Mas podem ser resultado da diabetes gestacional. Confira alguns sinais abaixo:
“Estima-se que no Brasil, quase 17% das mulheres que engravidam, vão ganhar esse rótulo de diabéticas durante a gravidez” – diz o ginecologista e especialista em reprodução assistida, Rodrigo Codarin, da Clínica Célula Mater.
Adivinhe quem é a culpa? Dos hormônios, é claro. Nesse caso, os produzidos pela placenta, que podem bloquear parcialmente a ação da insulina, substância responsável pelo transporte do açúcar do sangue para dentro das células.
Em grande parte das mulheres, o pâncreas reage naturalmente à sobrecarga hormonal, liberando mais insulina. Mas, em outros casos, a glândula não consegue driblar a ação do hormônio e o corpo não processa adequadamente o excedente de glicose que está na circulação.
Se você está entre as sorteadas com esse problema, nada de pânico. “O tratamento é bastante simples, é só controlar a quantidade de açúcar que tem no sangue da mulher”, e o Dr. Rodrigo Codarin ainda acrescenta que “90% das pacientes acabam precisando exclusivamente de mudar o padrão alimentar e alguma atividade física”.
Ou seja, você não está proibida de saborear um doce – deve apenas ficar mais zelosa com o que come. E mexer o corpo.
Quanto ao médico, ele deverá fazer um acompanhamento mais de perto, observando principalmente dois sinais de excesso de açúcar no sangue:
E como fica o bebê com todo esse açúcar no sangue? Calma: ele não herdará o distúrbio. Só vai precisar de uma atenção a mais ao nascer por causa da queda brusca nos níveis glicêmicos – a hipoglicemia.
Novamente, não há motivo de preocupação: sabendo disso, as maternidades já têm de
prontidão uma espécie de soro açucarado – que não interfere na amamentação –, que deve ser administrado até que a glicemia alcance o equilíbrio.
Quanto ao parto, embora o diabete gestacional em si não signifique que ele será necessariamente uma cesariana, um bebê grandão é um fator importante a ser avaliado pela equipe médica, principalmente quando a bacia da mãe é pequena.
Não há razão para ficar temerosa demais, aqui vão bons motivos para você, grávida, manter o problema na rédea curta: o diabete gestacional mal administrado pode:
A sorte é que, nas grávidas, o problema vai embora quando nasce o bebê. Retirada a placenta, a mulher está quase instantaneamente curada. Mas serve como um alerta: as estatísticas mostram que quem teve diabete gestacional corre mais risco de desenvolver o diabete tipo 2 ao chegar aos 50 anos.
O exame de sangue que mede a curva glicêmica deve ser feito no início da gestação, caso esteja acima de 92 mg/dl, você já é considerada como diabética gestacional. Se o resultado for normal, é realizado outro por volta da 28ª semana de gravidez. São duas coletas: uma feita em jejum e outra após beber uma espécie de concentrado de glicose para avaliar a reação do organismo no pico de produção da insulina.
De uma a duas horas depois da ingestão do líquido, o nível de glicose no sangue não deve ultrapassar o limite de 140 mg/dl.
Fique atenta: você corre mais risco de desenvolver diabete gestacional se:
Filho de ginecologistas obstetras, desde pequeno o Dr. Rodrigo acompanhava os pais a visitas em hospitais. Com essa experiência, sempre soube que queria ser médico e entrou na faculdade de medicina aos 16 anos.
Atuou como plantonista nas maiores maternidades e tomou conhecimento dos obstáculos apresentados pela obstetrícia. Ao longo dos 16 anos de carreira, buscou atuar nos casos mais difíceis, sem fugir de desafios, realizando atendimentos de maneira humanizada.