Para as mães, na maioria das vezes, esse assunto é uma novidade. Por não fazer parte da sua vida íntima, algumas mães de meninos ficam sem saber o que deve ser observado e quando levá-los ao médico.
Fimose é uma queixa frequente nos consultórios urológicos e ocorre em todas as idades, sendo mais comum na infância. No adulto, a fimose pode ocorrer como sequelas de processos inflamatórios repetitivos e crônicos de diversas causas e até cicatrizações de traumas no pênis.
Fimose é a incapacidade de redução do prepúcio, impossibilitando a completa exposição da glande.
Cerca de 96% dos meninos nascem com fimose, o que faz com que este seja um dos diagnósticos mais comuns em pediatria. Entretanto, apesar da elevada prevalência, a resolução espontânea acontece em uma porcentagem significativa em crianças.
A presença de fimose pode ocasionar diversos problemas como:
A tendência atual é a de limitar e postergar o tratamento cirúrgico da fimose, restringindo-o aos adolescentes que não conseguem ainda expor a glande e nos casos em que há infecções recorrentes do trato urinário ou na glande.
Especificamente em crianças, a Sociedade Americana de Pediatria e Sociedade Americana de Urologia recomendam como primeira opção o tratamento conservador, que consiste no uso de cremes e pomadas indicadas para a doença.
Nos casos mais avançados ou onde o tratamento conservador não foi suficiente indica-se a abordagem cirúrgica para retirada do excesso de pele (postectomia ou circuncisão).
Embora o procedimento seja simples, não é isento de riscos, que incluem cicatriz hipertrófica no local, sangramento, alteração cosmética da pele do pênis. Por isso, é preciso fazer uma avaliação adequada em cada caso.
Além disto, outra complicação possível na cirurgia de fimose é a formação de uma nova fimose devido a uma cicatriz mais endurecida. Também pode acontecer uma hipersensibilidade na glande até o corpo se adaptar à ausência da pele, principalmente em adultos.
Os pais de crianças portadoras de fimose e adultos que possuem a condição, devem ficar atentos ao surgimento da Parafimose, uma complicação que ocorre quando o indivíduo portador de algum grau de fimose consegue expor a glande, mas não consegue recobri-la, isto é, trazê-la de volta à posição original, e isto se configura uma emergência urológica, pois dificulta o fluxo sanguíneo no local, causando edema e dor.
Caso haja suspeita da Parafimose, o urologista deve ser imediatamente procurado para que o tratamento seja imediato.
Ainda no primeiro ano de estudos, a Dra. Miriam se encantou pelo sistema urinário e decidiu se tornar urologista. Ao longo dos 20 anos de carreira, lecionou na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e na Universidade de Maastricht, na Holanda.
Sente-se movida por casos desafiadores que chegam ao consultório, sobretudo quando têm a oportunidade de acompanhar o envelhecimento dos pacientes e estar presente em suas vidas durante diferentes fases.
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