Não é só você: todas as meninas (e meninos, e homens, e mulheres) têm na cabeça um monte de interrogações envolvendo a sexualidade. Muitas vezes, a vergonha acaba vencendo a curiosidade. Para facilitar, selecionamos dez perguntas aparentemente bobas, mas que podem tirar o sono de alguns. Quem responde é a ginecologista e obstetra Natalia Zekhry, da Clínica Célula Mater.
Caso você tenha esquecido por um dia apenas, tome duas no dia seguinte. Mas, se você esquecer por mais de dois dias, diminuirá a sua eficácia. Siga tomando a cartela, mas lembrando de usar a proteção adicional.
lgumas mulheres têm o ciclo muito curto – ou seja, menor que 24 dias. Nesses casos, às vezes a ovulação pode ocorrer muito próximo ao período menstrual. E aí o risco existe, sim. Não custa nada reforçar a proteção, principalmente no final da menstruação.
Nem pensar. Primeiro porque esse método é menos eficaz que outros, como a pílula e a camisinha. E depois porque ela contém uma dosagem hormonal altíssima, que é ruim porque pode desregular o ciclo menstrual, além de provocar enjoos e dor na mama. Ou seja: lembre-se dela apenas em situações de emergência, quando os outros métodos falharam.
O coito interrompido funciona assim: na hora H, pouco antes de ejacular, o parceiro tira o pênis de dentro da vagina e ejacula fora. Esse é o chamado coito interrompido.
Mas essa tática é duplamente insegura. Como método anticoncepcional, o homem precisará de muita destreza para não perder o controle e, se isso ocorrer, pinta o risco de uma gravidez indesejada, o que pode gerar grande insegurança para a mulher porque ela fica completamente na dependência do parceiro, além de comprometer a satisfação de ambos durante o ato sexual. Em segundo lugar, o coito interrompido não mantém o casal protegido contra DSTs. Ou seja: melhor apostar na camisinha e em outro método anticoncepcional para ela.
Não precisa se preocupar porque, embora o hímen fique na entrada da vagina, rompê-lo com um absorvente é bem difícil. E, já que estamos falando nesse assunto, é bom lembrar que o ideal é utilizar o absorvente interno por períodos de quatro a seis horas, no máximo.
Meninas, ficou no passado a história de que sangrar depois da primeira relação era considerado importante. Fique tranquila: não há motivo algum para se preocupar com esse detalhe. A espessura e a elasticidade do hímen variam de pessoa para pessoa. Assim, você pode notar um sangramento sem ter tido uma relação completa ou, ao contrário, ter uma relação completa sem sangrar. Também é possível que, ao longo das primeiras relações, você note um pouco de sangramento. Tudo absolutamente normal.
Sim. Segundo Natalia, há tanto o risco de adquirir uma doença sexualmente transmissível quanto o de engravidar. No caso das DSTs, o contágio acontece pelo contato com os genitais, mesmo sem penetração, dentro ou fora da água. Quanto à gestação, o perigo está na atração química que existe entre o sêmen e o óvulo. A água, diferentemente do que muita gente pensa, não interfere nesse processo.
Não necessariamente, mas é interessante ter uma avaliação médica para entender o porquê disso estar acontecendo.
Cada mulher é única, assim como são as circunstâncias da primeira vez. Por isso, é impossível prever se ela vai ou não ter algum desconforto na hora H. Isso vai depender muito do grau de intimidade com o seu parceiro, do quão relaxada você vai estar e se estiver tranquila quanto à prevenção da gravidez e de doenças sexualmente transmissíveis.
Não! O teste não reflete os últimos três meses – assim, se o seu parceiro se infectou nesse período, o teste ainda pode vir negativo. É a chamada janela sorológica. Além disso, não se pode esquecer de outras DSTs, como a clamídia, a herpes genital, o HPV, entre muitas outras. A camisinha continua indispensável.