Manter-se sexualmente ativa depois da menopausa equivale a um elixir de juventude para o corpo e para a mente.
O sexo provoca a liberação da endorfina, o hormônio do bem-estar, que ajuda a reduzir tensões e aumenta ainda mais o prazer. Continue a leitura e confira os motivos para praticar sempre.
A aparência também passa por uma transformação, deixando a mulher mais bela e jovial. Em consequência da ação dos hormônios femininos, o cabelo fica mais sedoso, os olhos brilham e a pele ganha uma textura mais bonita. Mulher nenhuma, convenhamos, deveria abrir mão desse efeito Cinderela.
“É como praticar uma atividade física, só que com muito mais bem-estar e prazer”, observa a ginecologista Lucila Pires Evangelista, da Clínica Célula Mater.
Os benefícios são tantos que a Organização Mundial de Saúde (OMS) concluiu que o sexo é um dos indicativos da qualidade de vida na chamada terceira idade. Mas, no time feminino, tem gente que ainda não segue esse conselho por achar que sexo e maturidade não combinam. Ledo engano!
Os músculos do assoalho pélvico, responsáveis por sustentar bexiga, útero e ovários, podem ser tonificados de várias formas. As mais convencionais são fisioterapia, musculação e pilates. Mas aqui vão três alternativas que podem soar mais prazerosas:
Por que elas dizem não?
“Por uma série de motivos, que vão desde a baixa autoestima até o desconforto na relação sexual”, responde Lucila.
Quem dispara boa parte dessas queixas é a menopausa. Nessa fase, o hormônio estrogênio sofre uma queda vertiginosa, que, entre outras coisas, vai modificar a mucosa vaginal. Assim como em todo o corpo, a pele dos genitais fica mais fina e seca, perdendo a elasticidade – é o chamado trofismo vaginal.
“A lubrificação também diminui, e algumas mulheres sentem desconforto durante a penetração, por isso acabam evitando o sexo depois da menopausa”, diz a médica.
O trofismo vaginal também abre caminho para um problema que, só de mencionar, causa arrepios na mulherada: a infecção urinária. Com a flora vaginal mais sensível e vulnerável, as bactérias oportunistas costumam dar o ar da graça e disparam dois sintomas inconfundíveis:
Outra bandida que rouba o sono e o prazer das mulheres depois da menopausa é a incontinência urinária. Trata- se do escape de xixi, que pode acontecer quando menos se espera: ao tossir, tropeçar, correr ou se abaixar.
“Isso ocorre quando os músculos do assoalho pélvico ficam flácidos e não conseguem mais controlar tão bem a saída da urina, deixando-a escapar quando há um esforço”, esclarece Miriam.
E esse não é um quadro raro: cerca de 30% das mulheres entre 40 e 60 anos sofrem de incontinência. O medo delas, segundo a urologista, é que o esforço na hora H acabe provocando um pequeno acidente. “Elas temem principalmente o constrangimento da situação”, diz a médica. Pior: “Algumas inclusive deixam de lado a vida sexual em vez de fazer o mais simples, que é tratar o problema”.
No caso da incontinência, além da cirurgia, indicada em alguns casos, um ótimo remédio é malhar os músculos do assoalho pélvico. “Se essa musculatura está flácida, ela precisa ser tonificada, o que pode ser feito com a ajuda de fisioterapia ou de atividades como hidroginástica, pilates, dança e ioga”, sugere a médica.
E a autoestima, como fica? Quando está lá embaixo, a gente sabe que ela joga uma pá de terra na vida sexual. A gordurinha na cintura, o peito mais caído, o fato de você não se sentir tão jovem… Se tudo isso gera medos e inseguranças em você, veja o que diz a doutora Lucila:
“As mulheres acabam se concentrando demais nisso e perdem a grande oportunidade que têm diante delas, que é vivenciar o sexo na melhor fase da vida, quando elas estão mais experientes e relaxadas, sem a preocupação de engravidar”.
Sejamos francas: nenhum dos motivos acima deveria interferir na vida sexual. Afinal, há remédio para todos eles. Comecemos pelos hormônios. “Com a terapia de reposição hormonal, os efeitos da perda do estrogênio podem ser revertidos e a mulher logo volta a ter uma vida sexual tão boa ou melhor do que antes”, avisa Lucila.
Na prática, a vagina volta a ficar lubrificada e mais elástica e a penetração deixa de causar desconforto. Para aquelas que não podem fazer a reposição hormonal (caso de quem tem histórico de câncer de mama), uma simples pomada à base de hormônios, aplicada antes da relação, já ameniza o problema. Ou, ainda mais recentemente, o uso de laser (Sim ! Igual ao laser que os dermatologistas fazem no rosto para melhorar a pele), pode ter efeitos excelentes para a melhora da lubrificação vaginal.
A infecção urinária, embora seja um bocado traiçoeira, também tem solução. “O cuidado é seguir exatamente as recomendações médicas, que incluem o uso de medicamentos, a higiene correta e beber muita água”, aconselha Miriam.
Alegre e comunicativa, a Dra. Lucila tem 43 anos de experiência como médica, profissão que sempre soube que gostaria de seguir. E há 40 anos, deixou o emprego público que garantia estabilidade para se tornar sócia na Célula Mater, onde pode fazer o que acredita: medicina personalizada.
Sente-se realizada em atender os pacientes e oportunizar melhorias nos hábitos, proporcionando mais qualidade de vida por meio de cuidados preventivos.
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Ainda no primeiro ano de estudos, a Dra. Miriam se encantou pelo sistema urinário e decidiu se tornar urologista. Ao longo dos 20 anos de carreira, lecionou na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e na Universidade de Maastricht, na Holanda.
Sente-se movida por casos desafiadores que chegam ao consultório, sobretudo quando tem a oportunidade de acompanhar o envelhecimento dos pacientes e estar presente em suas vidas durante essa fase.
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