A não ser em poucos casos, não há contraindicação para o sexo na gravidez. E tem até quem diga que sua prática ajuda no parto. Para algumas, a barrigona da gravidez tem o poder de elevar a autoestima às alturas. Gostam de se olhar no espelho, sentem-se lindas, mais femininas do que nunca. Desde já, se você sente assim leia está matéria e saiba os mitos e verdades sobre o sexo na gravidez.
Para outras, o mal-estar, o inchaço, o ganho de peso e o cansaço derrubam qualquer rastro de sexualidade. Em outras ainda, nada muda. Não há regras quando se fala em libido na gestação.
Mas uma coisa é garantida: se ambos os parceiros sentem vontade, e se é uma gravidez sem complicações, não há motivos para ficar grilada.
Medos e mitos comuns nessa fase são capazes de brochar tanto futuros papais como futuras mamães. Um deles é o de que o primeiro trimestre demanda vigilância extra na cama por ser um período em que há maior chance de abortamento.
“Se a grávida tem relação e depois percebe um sangramento, acha que foi por causa do sexo. Mas não. Isso já estava propenso a acontecer”, explica a médica, lembrando que, naturalmente, cerca de 10 a 15% das gestações não evoluem.
Antes de mais nada é bom saber que o que dificulta mesmo a vida sexual no início da gravidez são os enjoos e o cansaço, típicos desse período – aí, não há tesão que resista. As mudanças hormonais desses nove meses podem ter efeitos totalmente contrários em uma mulher e na outra.
“No campo da sexualidade feminina, é difícil separar o hormonal do emocional”, aponta Lucila. “Umas sentem como se estivessem numa TPM constante. Outras estão tão felizes que têm mais vontade.”
E isso vale também para os homens: alguns acham a mulher supersexy na gravidez, enquanto outros nem tanto. Mas não ter a preocupação extra de prevenir uma gravidez pode dar um “up” na libido de ambos.
Antes de mais nada, cuidado! Claro que, quando a gravidez foge da normalidade, é preciso mais cautela. Isso vale para gestantes com:
Nesses casos, uma conversa com o médico é essencial. Não perca tempo, agende aqui sua consulta na Célula Mater.
Outra precaução se dirige a quem tem a flora vaginal desequilibrada e mais suscetível a corrimentos e infecções: “Essas devem usar camisinha porque as alterações da gravidez propiciam ainda mais infecções, como a candidíase”, avisa a médica.
As doenças sexualmente transmissíveis, quando aparecem nesse período, merecem atenção redobrada. Algumas podem ter consequências graves para o bebê – é o caso da sífilis, ou da herpes genital, se contraída ao longo da gravidez.
Outras nem tanto, como a gonorreia e a clamídia, que não causam malformação fetal, mas podem levar ao trabalho de parto prematuro. De qualquer forma, todas podem – e devem – ser tratadas.
Quando a gravidez está chegando ao final, o tamanho da barriga pode virar um obstáculo. Segundo Lucila, no sétimo mês, o peso do útero recai sobre a veia cava, diminuindo a quantidade de sangue que vai para o coração.
Por esse motivo, algumas mulheres podem sentir mal-estar, falta de ar ou taquicardia quando estão deitadas de barriga para cima. Mas não é nada que seja impeditivo para os casais dotados de um pouco de criatividade.
É mito também que o sexo pode desencadear o trabalho de parto. “Em uma porcentagem pequena, o orgasmo pode levar a contrações. Mas isso acontece apenas em 5% das mulheres – e não representa nenhum perigo.”
Antes de mais nada, o que poucos sabem é que a prática sexual é um excelente exercício para o períneo. Tanto que um estudo de uma universidade da Malásia que acompanhou os relatos de 200 mulheres casadas ao longo de três anos chegou à conclusão de que as que faziam mais sexo davam à luz com mais facilidade. Portanto, uma razão a mais para investir na intimidade também nessa fase da vida do casal.
Se os hormônios da gravidez têm efeitos diversos na sexualidade da mulherada, não se pode dizer o mesmo na amamentação. A prolactina, responsável pela produção do leite, é uma inimiga contumaz da libido. Para piorar, os níveis de estrógeno caem para quase zero no pós-parto.
“Costumo dizer que nessa fase a mulher vai ter uma prévia do que é fazer sexo aos 70 anos”, revela Lucila.
A combinação desses fatores têm consequências anatômicas na vagina, que fica atrofiada, menos elástica e menos lubrificada – independentemente do tipo de parto e da existência ou não da episiotomia (o corte que se faz no períneo para auxiliar a passagem do bebê).
A relação pode, sim, ficar dolorida. Felizmente, tudo isso é temporário e deve melhorar quando cessa o aleitamento. Caso o incômodo persista, vale procurar orientação médica.
Alegre e comunicativa, a Dra. Lucila tem 43 anos de experiência como médica, profissão que sempre soube que gostaria de seguir. E há 40 anos, deixou o emprego público que garantia estabilidade para se tornar sócia na Célula Mater, onde pode fazer o que acredita: medicina personalizada.
Sente-se realizada em atender os pacientes e oportunizar melhorias nos hábitos, proporcionando mais qualidade de vida por meio de cuidados preventivos.
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