Engana-se quem ainda acha que lubrificante seja algo para ser usado somente na fase mais madura da vida.
Lubrificantes são grandes aliados na relação sexual e podem ser usados em várias situações para auxiliar ou apimentar o prazer a dois.
Sua função principal é hidratar a região genital diminuindo o atrito durante a relação sexual. Existem muitas situações em que a lubrificação natural fica prejudicada, como: o uso de alguns medicamentos (antidepressivos e anticoncepcionais), períodos específicos (como o pós parto e a menopausa), situações de estresse e cansaço.
Além disso, mesmo quem tem boa lubrificação pode se beneficiar do uso de lubrificantes, apimentando e inovando a relação com os que causam sensações diferentes, como “quente e frio”, por exemplo. Os lubrificantes não possuem hormônios e como já falamos, podem ser utilizados em vários momentos da vida sexual.
São especialmente importantes na fase que antecede a menopausa e na pós menopausa, quando ocorre o ressecamento vaginal. O uso de lubrificantes mantém o prazer sexual sem atrapalhar a autoestima dessas mulheres que sofrem com as alterações hormonais e a redução de sua lubrificação natural.
“Algumas mulheres sentem desconforto durante a penetração, por isso acabam evitando o sexo depois da menopausa”, diz a ginecologista Dra. Lucila.
Manter-se sexualmente ativa depois da menopausa equivale a um elixir de juventude para o corpo e para a mente. O sexo provoca a liberação da endorfina, o hormônio do bem-estar, que ajuda a reduzir tensões e aumenta ainda mais o prazer.
A região vaginal é delicada. Portanto, procure usar produtos de boa qualidade para evitar alergias, leia sempre o rótulo do produto e evite aqueles com sabores artificiais, cores, açúcares e aditivos, pois quanto mais artificial, maior a probabilidade de dar alguma alergia ou irritação. Vale lembrar que você só deve usar produtos específicos para a região genital.
– Os lubrificantes à base de água: são os mais indicados, por serem hipoalergênicos e muito parecidos com o muco natural da mulher. Podem ser usados em todas as situações, inclusive com sex toys.
– Os lubrificantes à base de silicone: por serem mais pegajosos e durarem mais tempo, podem ser utilizados quando a relação for na água. Mas, evite seu uso com sex toys, como grudam mais, só saem com o uso de água e sabão.
– Os lubrificantes à base de óleos naturais: Algumas marcas já estão investindo em produtos específicos para a região íntima da mulher, levando em consideração as peculiaridades do corpo feminino, reduzindo as chances de alergia e ajudando muitas mulheres na busca do prazer. Dois óleos muito utilizados com este fim são o óleo de coco e o óleo de jambu.
Poucas pessoas sabem que, além do óleo de coco possuir propriedades antimicrobianas e anti bacterianas, é um excelente lubrificante. Porém, não pode ser usado em camisinhas com látex. Por não serem organicamente compatíveis, o óleo de coco pode causar danos à camisinha. O recomendado é usá-lo somente com preservativos de poliuretano (vendidos como preservativos antialérgicos sem látex).
Jambu, uma planta muito utilizada na culinária da região norte do nosso país, é conhecida por causar uma leve sensação de analgesia na boca. Com o óleo desta planta, criaram uma espécie de “vibrador líquido”, para serem aplicados com os dedos ou diretamente sobre o clitóris, a vulva, pênis ou ânus.
O vibrador líquido seja na versão gel ou spray, aquece a pele, estimulando a circulação sanguínea na região, fazendo com que ocorra um formigamento semelhante a uma vibração.
Atenção: Se você estiver com algum corrimento, evite o uso de qualquer substância via vaginal e procure avaliação médica.
O uso de lubrificantes para o sexo anal ajuda a tornar a penetração mais segura, evitando fissuras, já que o ânus não possui nenhum tipo de lubrificação natural. Além de que o esfíncter é bem resistente. O mais indicado é o lubrificante à base de água.
As mudanças no corpo feminino levam a vagina a perder firmeza e elasticidade. As alterações vaginais podem afetar o bem-estar e o dia a dia da mulher e o uso do laser vaginal é um grande aliado para este momento.
O tratamento com laser na região da vagina ajuda na vascularização da mucosa e na reestruturação do colágeno. É uma opção pouco invasiva e indolor, permitindo que a paciente retorne às suas atividades logo depois da aplicação.
Vale lembrar que conhecer nosso corpo, buscar informação e procurar ajuda, se preciso, nos ajuda a entender o que se passa no nosso corpo. O uso de produtos que ajudem a ter uma vida sexual mais satisfatória traz benefícios tanto para o corpo quanto para a mente da mulher.
Que tal deixar a vergonha de lado e aproveitar essa antiga tecnologia para incrementar a relação?
Alegre e comunicativa, a Dra. Lucila tem 43 anos de experiência como médica, profissão que sempre soube que gostaria de seguir. E há 40 anos, decidiu se tornar sócia na Célula Mater, onde pode fazer o que acredita: medicina personalizada. Sente-se realizada em atender os pacientes e oportunizar melhorias nos hábitos, proporcionando mais qualidade de vida por meio de cuidados preventivos.
Conheça a Dra. Lucila Pires Evangelista aqui.